Nosso trabalho nesse blog é buscar discutir e divulgar ações em prol da promoção de uma sociedade mais igualitária. Todos que acessarem esse blog podem contribuir com material a ser enviado para o e-mail: gppgr.iuna01@gmail.com

domingo, 17 de julho de 2011

CULTURA E DIVERSIDADE


O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural (isso é denominado etnocentrismo), depreciando o comportamento daqueles que agem fora dos padrões de sua comunidade – discriminando o comportamento desviante. Esta foi a atitude dos colonizadores ao chegarem ao novo mundo e se deparar com uma cultura diversa da sua. Pode-se concluir que tiveram foi medo em um primeiro momento e inveja em um outro. E este sentimento foi o que os levaram a massacrar o povo dominado [usar a expressão ‘conquistados’ para os nativos das terras recém-descobertas é uma blasfêmia; quem foi conquistado pela nova cultura foram os europeus, mas sua moral era por demais pudica e eufêmica para aceitar tamanho sacrilégio e, como as leis cristãs diziam para se evitar o pecado..., porém, não conseguindo elimine-o, pois assim não sofrerás a tentação. E, não havendo tentação, não há desejo de pecar. Não pecando, não há castigo! Logo, a solução foi destruir a cultura nativa! [Em nome da moral e dos bons costumes e da salvação da alma (sic)]].

Comportamentos etnocêntricos resultam em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes, práticas de outros sistemas culturais são vistas como absurdas. O etnocentrismo é um comportamento universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade.

2 comentários:

  1. Ao longo da história, a cor negra esteve ligada ao mal, ao feio e à bagunça e atos maus [como também já esteve ligada, na Antigüidade, à sabedoria]. Mas, não é por este caminho, os atores do processo devem estar imbuídos de conhecimentos e valores próprios que permitam questionar os valores sociais vigentes e o auxilie na produção de uma cultura que faça do sujeito ‘sujeito’ e não mais objeto abjetado ainda.

    Nietzsche oferece uma [possível] explicação para este preconceito contra a cor negra. Segundo ele, a cor foi agregada a um povo autóctone não guerreiro que habitou a península itálica, sendo vencidos pelos ferozes arianos de cabelos loiros. O povo vencedor subjugou os nativos, escravizando-os e, desta forma, a posteridade taxou-os de qualquer indicativo de pejoração a que bem entendeu.

    De acordo com o referido autor “o termo latino malus [mau] (que eu relaciono com o grego melas, “negro”) pode designar o homem plebeu de cor morena e cabelos pretos, como o autóctone pré-ariano, presente em solo italiano, que se distinguia muito por sua cor, da raça conquistadora dos loiros arianos. (...) O gaélico forneceu um indício semelhante: a palavra ‘fin’ (v.g., no Fin-Gal) é o termo que designa de maneira distintiva “o bom”, “o nobre”, “o puro”, embora significasse originalmente “o de cabelos loiros” em oposição ao ocupante primitivo que era de cor escura, de cabelos pretos” (NIETZSCHE, 2007:28).

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir